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Eduardo Dussek é hoje um artista multifacetado. Além de cantor e compositor, ele carrega um forte lado teatral (trabalha também como ator, autor, diretor, escritor e compositor para teatro). Isso faz com que seus shows diferentes, performáticos, teatrais e, no caso deste “Dussek na Sua”, sejam altamente engraçado. E um show musical, mas com vários outros focos além da música. Há textos, brincadeiras e pequenas performances que fazem com que o roteiro não fique limitado apenas à exposição de uma seqüência de músicas de sua autoria ou com outros compositores.
Ele brinca, conversa com a platéia, interage e estimula o publico, conta fatos ligados às canções e à atualidade, sempre com um humor inteligente e um tipo particular de deboche refinado. O espectador vai se envolvendo no clima de cada canção e acaba se sentindo como se estivesse numa festa na casa do artista, envolvendo-se, com humor, no motivo do evento (sempre pesquisado por Dussek junto aos promotores). Com seu comportamento teatralmente calculado, mas aparentando improviso, ele acaba levando todos as gargalhadas, divertindo e aproximando a platéia.
Nesse clima intimista, porem muito feérico, com seu inseparável piano, o cantor faz um show que mescla músicas suas bem conhecidas do público, com novas canções gozadíssimas. Este é o caso do hilário fado Pilosofia Vurtuguesa ( parceria com Valério Wizz ) ou o irreverente Inadimplente astral
(dele mesmo) Aposta também numa reciclagem de seus maiores sucessos como Nostradamus, Cantando no banheiro( ambas só dele), Doméstica ( parceria com Luis Carlos Góes) e Rock da cachorra ( Leo Jaime) em releituras atuais, mostrando que a maioria deles continua falando de verdades e preocupações do nosso do dia à dia, com muito humor.
Já no fim do show, depois de “desmontar” a tensão da platéia, o artista desfia um rápido roteiro de canções românticas que marcaram época e deixaram saudades recentes: Aventura (“luz de velas”) e Cabelos negros, (ambas do seu repertório, em parcerias com Góes e Luis Antônio de Cássio, respectivamente) são obrigatórias. Há também uma interpretação em bossa nova de uma pérola de Rita Lee, em recriação inspirada, que faz a platéia cantar junto. Além disso, ele sempre prepara surpresas para o publico, enveredando pelos caminhos dos anos 80, dos clássicos da MPB, dos covers ou das marchinhas de carnaval, que já se tornaram uma espécie de marca registrada do compositor-cantor.
No final, o publico deixa seu estresse de lado e embarca numa viagem energizante e festiva com o show-man carioca. Vale conferir!
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